sábado, 3 de março de 2012
quinta-feira, 1 de março de 2012
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
7 de Setembro de 2011 (Parte 1)
Mais um ano, mais um desfile...
mas que desfile!
7 de setembro de 2011 vai ficar
marcado como o dia de um antagonismo: tivemos o pior início de desfile de nossa
curta história, mas também o melhor final.
Começamos o aquecimento muito
bem, as músicas foram passando e as expressões das pessoas em volta era de
deslumbre com a fanfarra. O nosso som estava muito bom. Gastei algum tempo
fazendo a formação de desfile e tive que encaixar membros diferentes em algumas
alas. Gabriela ficou entre os bumbos e Rafaela entre os taróis. Depois do
aquecimento, começamos o desfile de maneira atribulada. Uma discussão se
irrompeu entre escolas por causa da ordem do desfile, e mesmo antes já havia um
buraco enorme entre uma escola e outra. A solução foi corrermos um pouco, e
poderia ser pior se a Lilian não estivesse no desfile.Mais uma vez ela se torna
uma peça chave para essa fanfarra. Enquanto estávamos entrando na Visconde, havia
um espaço enorme e nós deveríamos preencher; mas Lilian correu até as escolas
da frente (por volta de umas cinco)e pediu para que eles andassem devagar
(podem olhar no youtube, na filmagem do CTG ). Se não fosse pelo pensamento
rápido dela e a atitude, teríamos corrido e muito, sem aproveitar o desfile. E
olha que ela nem estava trabalhando pela escola.
A nossa primeira metade do
desfile foi complexa. As músicas estavam sem vida e o público reagia mal,
diferente dos anos anteriores, onde todos ficavam empolgados. Algumas alas
cruzaram feio com as outras e todos pareciam nervosos. Além do mais, quase
todos estavam morrendo de sede novamente no trecho em frente às lojas de
calçado. Assim como em 2008, esqueceram da água, e o pior é que só tínhamos 7
professores trabalhando, além da força de vontade e serviço voluntário de
Lilian e Danilo, que foram fundamentais. Nessa, na verdade, muita gente que
gosta da fanfarra ajuda. Minha irmã, que já desfilou pelo Coleginho, ajudou a
Camila com o seu instrumento e observou o andamento do desfile todo.
Se a primeira metade foi ruim (a
pior nesses anos, na minha opinião), a segunda metade foi apoteótica. Logo que
fizemos a curva para seguir à praça Ruy Barbosa o público nos saudava, nos
olhava com um brilho diferente. Era esse público que esperava pela Fanfarra do
Coleginho. Eram as pessoas que já tinham nos visto em anos anteriores e queriam
mais uma vez olhar a fanfarra de som diferente. As músicas ficaram melhores,
graças a dois fatores: a animação do público contagiou a todos da fanfarra e
Breno foi fundamental trocando o bumbo pelo surdão.
A chegada na praça foi incrível.
A cada música o público se exaltava. As pessoas logo na curva dentro da praça
ficavam admiradas. Não dá para olhar o tempo todo para elas, mas eu percebi
algumas vezes comentários como “esta é a mais bonita até agora”; “o Coleginho
todos os anos é show”, “essa escola é animada”, “olha a diferença dessa
escola”. Jamais quero desmerecer os colegas de trabalho, afinal muitas outras
fanfarras são bonitas, em especial uma fanfarra pela qual tenho também grande
respeito e carinho; mas o Coleginho é de fato uma fanfarra diferente; uma
fanfarra que cresce com o desafio, que se empolga quando a gente acha que não
tem mais força; que sabe contagiar o público e mostrar que música realmente
surge do coração. Em frente ao palanque, a dúvida: iríamos realmente parar? Sempre
disse que minha resposta chegaria com o desfile, que não tinha previsão do que
ia acontecer. Assinei realmente um documento que atestava que eu não iria parar
em frente ao palco. Mas tomado de emoção, feliz pelo público que nos recebia,
contente com a performance dos músicos, e descontente com alguns erros de
organização do desfile, decidi que era a hora de parar e mostrar porque somos o
que somos. Tocamos o Funk do Lander e o Beatles com muita precisão na música e
na coreografia. Foi para mim um dos melhores momentos.
Depois paramos no posto, e
aguardamos pelo fim do desfile. Quando o Hugo Lôbo chegou, o clima era de
festa. Em todos esses anos fico feliz de saber que os alunos de uma escola e de
outra se respeitam e se gostam. Fico contente de ver a admiração dos alunos do
Coleginho para com os alunos da Fanfarra Ruy Sena. Quando ouviram o som do
professor Lander chegando ao posto, muitos alunos correram para a lateral da
rua só para vê-los passar. Em seguida, pura descontração. Os alunos de ambas
escolas tocavam juntos e se divertiam. Um momento único, muito comovente,
descontraído e de pura simpatia. Tiraram fotos com o Lander e cumprimentaram os
colegas com música. Após esse instante, seguiu-se o tradicional momento das
duas fanfarras tocarem, cada um à sua vez. A Fanfarra Ruy Sena, como sempre dá
show, e nesse ano o Coleginho também fez bonito, mais ainda que nos outros
anos, mesmo que parte do repertório seja repetido. Afinal, assumi a pouco menos
de dois meses, e alguns instrumentos (principalmente os metais)só chegaram na
sexta-feira, dia 2 de setembro. Foi gratificante tocar com e ao lado do Hugo
Lôbo.
Na volta para casa o público
presente na praça ainda se divertia com nossa passagem, mas quando chegamos ao
cruzamento na rua dos Correios, sentimos o cansaço, principalmente os
trompetistas, corneteiros e trombonistas, que já não tinham embocadura. Mas
bravamente, como sempre fizemos, chegamos ao colégio tocando. E para minha
surpresa e alegria, formamos um trenzinho tocando Twist and Shout. Após uma
sessão de fotos no gramado, fomos agraciados com o lanche preparado pelas
irmãs. E a mesa estava realmente farta e
deliciosa. Parabéns às irmãs pela recepção. Chegamos ao fim de mais um desfile
de 7 de setembro. Mesmo voltando para casa e passando o dia em descanso, sei
que muitos, assim como eu, ficaram com as músicas na cabeça. Volta e meia
estavam elas lá, insistindo em fazer a gente querer tocar mais uma vez.
As Estrelas do Desfile (parte 1)
Os bumbeiros mais uma vez
mostraram que são o coração da fanfarra. E um bumbeiro se destaca por fazer
duas funções. Breno conseguiu em todo esse tempo de ensaio coordenar sua ala e
até a fanfarra toda quando preciso. No instante em que soube que sua presença
nas alas do fundo seria primordial, trocou de instrumento com Arthur para
ajudar o Leandro a marcar as músicas no final das filas. Sem o Breno, os
resultados poderiam ser outros. Mais uma vez ele tem o mérito de simbolizar o
espírito de dedicação num grupo musical. Alexandre foi um dos últimos bumbeiros
empossado. Ano passado estava no cornetão; passou esse ano para o surdinho,
prometi para ele um surdão, mas o desloquei para a ala dos bumbos. Cobrar dele
demais depois de tantas mudanças seria injusto e Alexandre cresceu muito no
instrumento. Ainda falta um pouco de confiança e mais precisão no ritmo; mas
isso ele vai conseguir logo logo com o tempo. O fato é que ele está se
divertindo com o bumbo, como ele mesmo disse, e tem tudo para ser um destaque,
com muito empenho ele tem futuro garantido na ala, além de quê tempo ele tem de
sobra na banda, além de ser muito inteligente, o que vai contribuir para que
ele possa ser o melhor. Em contrapartida, Charles começou no bumbo, e teve
tempo suficiente para se dedicar e se tornar um dos novatos mais promissores. É
concentrado e tem força suficiente para marcar com garra a cadência das
músicas. Ítalo já era músico antes de entrar para a fanfarra, o que já ajuda
bastante pois noção rítmica ele tem de sobra. Só faltava aprender a manusear o
instrumento. Mesmo que lhe falte um pouco de potência na batida do bumbo, sobra
nele técnica. Ítalo tem desenvoltura suficiente para despontar nessa ala, e
deve permanecer nela sem sombra de dúvidas. Ingrid voltou desde junho para os
ensaios. E se não fosse sua experiência em liderar o grupo e sua concentração,
teríamos passado por momentos difíceis. Ingrid é uma musicista que tem um
ouvido apuradíssimo e facilidade para aprender. Numa brincadeira com os
instrumentos ela logo pegou o jeito de uma música futura da fanfarra, e foi a
única a saber com 100% de certeza as entradas no quebra do baião. Foi com muita
surpresa esse ano que a fanfarra viu o Bruno. Achava que nunca iria vê-lo
tocar, por causa de sua timidez, e ainda por cima tocando bumbo. Que bom que a
música faz despertar do anonimato pessoas que às vezes não se sentem confiantes
para falar em público. Sem qualquer destemor, Bruno venceu a timidez e se
sagrou um bumbeiro de talento, ano que vem ele mostrará, como veterano, a
experiência que acumulou. Arthur será lembrado duas vezes. Agora porque foi
bumbeiro pela metade do desfile e antes era surdista. O Arthur foi o último
integrante a entrar na banda, e ainda assim, aprendeu muito. Mas sinto que seu
instrumento é mesmo o surdo. Pois quando ainda estava com um surdo menor, se
destacava demais com ele; por isso confiei que o surdão novo seria para ele, e
até lá ele se acostumaria com o bumbo. Arthur é uma grande promessa nas alas de
maior relevância nos sons graves. Lucas Thiago e Gustavo mais uma vez provaram
que são bons e que há muita dedicação com a banda, mesmo tanto tempo longe e
com os compromissos apertados. Ambos só puderam ensaiar na última semana, e
mesmo assim, foi o bastante para voltarem em forma e despontarem. Parabéns a
cada bumbeiro.
As pratistas, embora em menor
número comparado com anos anteriores, mostraram garra e disposição até o fim.
Todos os instrumentos têm seus níveis de cansaço aumentados no desfile, e com
os pratos não é diferente. Para falar a verdade, é talvez a ala mais difícil de
segurar 100% de disposição até o fim. Por que isso? Primeiro, os pratos de 16
polegadas (agora temos alguns de 14) que não são para qualquer uma; segundo,
realizar coreografias das mais mirabolantes em todas as músicas; terceiro, a
extensão dos braços é quase sempre colocada à prova pelos movimentos com o
instrumento. Sei que elas não tem de carregar o instrumento como fazem outras
alas ( a ala dos surdinhos talvez seja a mais cansativa se avaliarmos o tamanho
dos garotos e o instrumento), mas os pratos tem suas dificuldades. Verônica se
sagra pela primeira vez como monitora. E embora fosse difícil a missão,
conseguiu cumprir com muita responsabilidade. Até o fim segurou o pique e tinha
essa responsabilidade, pois muitas meninas olhavam para ela para se motivarem a
tocar tudo certinho. Seu compromisso com a banda e sua dedicação com o
instrumento fazem dela uma referência não apenas para o Coleginho, mas para
qualquer pratista da cidade. Mayla teve um pequeno acidente de percurso no
desfile, mas um alfinete salvou seu dia. A menina teve que conter o desespero,
pois não podia continuar o desfile daquele jeito e também não podia parar de
tocar. Para nossa sorte, tudo correu bem. Apesar de ter que faltar a muitos dos
últimos ensaios, por motivos já esclarecidos, Mayla provou ser mais uma vez
importantíssima para a ala, mesmo precisando só de um pouquinho de concentração
às vezes, mas nos momentos mais importantes ela está lá. Impressionante também
foi a estréia arrebatadora de Rafaela. A novata estava se sentindo tão bem com
o instrumento que não refreei em colocá-la sozinha no desfile, com as atenções
voltadas para ela enquanto acompanhava dois tarolistas. Rafaela em pouco tempo
mostrou firmeza e vontade para tocar.A segurança dela mostra que ,sem problemas
, poderá ser monitora das pratistas. Ana Carolina, a do 3º ano, também pensou
em desistir, mas com muita força de vontade conseguiu superar as dificuldades e
mostrou que a fanfarra pode ser sim um lugar de responsabilidade e diversão. Ela
está de parabéns pelo desempenho acima do esperado que mostrou no desfile.
Maria Luiza ganhou confiança ao longo do tempo. Começou muito tímida e bastante
insegura, seu nervosismo mostrava que ela seria despedaçada logo de cara numa
prova. Mas não foi o que aconteceu. Com a ajuda das monitoras e um pouco de
dedicação, Maria Luiza mostrou ao público que entende muito bem de música, só
precisa mesmo de um pouco mais de esforço físico. Maria Luiza cansa um pouquinho
rápido, o que com o tempo se resolverá, pois saberá canalizar energia. Foi
acompanhada de perto por um professor de música que lhe rendeu muitos elogios.
Ana Carolina, do primeiro ano, teve a infelicidade de ser assaltada dias antes
do desfile. Embora seja uma experiência ruim, não se deixou abater e no mesmo
dia se dedicou aos ensaios. O resultado veio com muito brilho e disposição.
Está de parabéns a moça pela performance. Camila já teve uma trajetória nos
surdinhos e depois passou para os pratos. Mais experiente, tanto numa ala
quanto na outra, tem muita facilidade em aprender; o mais incrível nela é a tranqüilidade
em tocar. Camila toca como se não ligasse para as preocupações ou para o resto
do mundo. Tudo para ela no momento é a música. Por isso se saiu tão bem. Samara teve a difícil missão de aprender tudo
novo e de novo em “inúmeros” 2 ensaios. E mesmo que pensasse em desistir,
sempre soube que ela precisava de pouco para se sair muito bem. Quando a
conheci, era uma das melhores tarolistas, agora como pratista, sabia que
poderia se sair bem, e mais que ela era importante. Por isso acertei quando a convidei
mais uma vez para desfilar, tínhamos alguém de muita segurança e precisão nos
pratos. Parabéns à menina que com tão pouco ensaio se mostrou fenomenal. Isabela
foi uma das pessoas que mais insisti que entrasse na banda (ainda falta o
Leonardo White do 2º B que um dia vou conseguir convencer). E sabia que as
aulas de dança que ela fazia, poderiam ser de grande ajuda na banda; pois ritmo
é algo que ela domina muito bem. E a previsão era certa. Isabela se sagra com o
uma das melhores pratistas não apenas desse ano, mas de todas as formações. Ela
está lá, quase não faz questão de querer aparecer, mas toca tão bem e
coreografa precisamente que acaba se destacando. Laysa teve que ouvir muita
bronca antes de desfilar. Nas provas ela não se saiu nada bem. Mas felizmente
ela mostrou controle emocional, teve determinação em querer aprender e revelou
a todos da fanfarra que ela era um exemplo de que as dificuldade são vencidas
pelo esforço, de que o impulso de melhorar pode vir de palavras duras de uma
bronca e que o talento pode aparecer dessa combinação. Laysa foi segura o tempo
todo, dançou muito bem em todo o desfile e tocou com muita dedicação.
Parabéns a cada pratista
Nota do Editor: Meu olho direito ainda arde bastante, o que torna cansativo escrever em frente ao monitor. Acredito ser difícil terminar tão cedo essa postagem, mas faeri o possível. Ah, também tentarei atualizar o Universo Cult.
Abraço a todos
Abraço a todos
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
7 de Setembro de 2011 (Não Oficial)
Parabéns a todos os membros da fanfarra, aos amigos, aos professores, funcionários da escola, à minha noiva, minha família, amigos de outras escolas e todos que acreditaram no potencial desse grupo. Ainda não é o post oficial, como todos esperam; mas desde já expresso que foi para mim o melhor desfile de independência nesses anos. 2008 marcou muito por ser o primeiro. O impacto de chegarmos sem espectativa e sairmos admirados foi ótimo. 2009 foi uma experiência difícil, fanfarra maior, maiores problemas, ótimos momentos com alguns não tão bons. Abusamos de um repertório bem numeroso ( mais ou menos 15 músicas) e com pouco preparo em algumas delas. Ainda assim 2009 foi um bom ano, com muitos talentos descobertos. Infelizmente não participei diretamente da fanfarra em 2010. E esse ano, retornei com apenas 2 meses de ensaio. Mas esses dois meses foram suficientes para perceber que é um grupo promissor, com muita gente talentosa na escola, e também contamos com os talentos dos que já passaram por ela. Se o noso início de desfile foi atribulado, meio sem vida e até muito burocrático; na entrada da praça nós arrasamos e até voltar para casa ainda estávamos brilhando. Para mim, foi a melhor experiência em desfile de 7 de setembro. Foi a mais tranquila, a mais empolgante e com o desafio de mostrar para a comunidade o nosso trabalho, e não apenas passar pela avenida.
Parabéns a todos. Vocês são a melhor equipe que um professor poderia ter.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Dias de Muito Agito
Como disse no post anterior, o tempo anda curto demais para mim. Não é por preguiça que não tenho escrito aqui, é que realmente as horas que me permitem para postar não são muitas. Agora mesmo estou escrevendo tarde da noite.
Mas muito bem; que semana agitada essa última heim!
Para começar, finalmente ensaiamos nas ruas, e não foi preciso fechar as ruas, saímos de improviso mesmo, em uma das ocasiões porque não podíamos tocar na escola. Esses dois dias foram muito bons. Andamos uma longa distância, quase fui atropelado na faixa de pedestre, erramos pouco em muitos trechos, acertamos o final do Fight e tivemos até fãs acompanhando a gente, incluindo um velhinho meio doido que dançava no meio da rua.
Em seguida, fui agraciado com uma festa surpresa. Sou um besta mesmo, no dia do aniversário e ainda caio nas mentiras de Nádia e Nádja. Realmente a festa foi surpresa, não esperava a homenagem. Essa demonstração de carinho parte de um grupo que é todo especial: essa fanfarra que toca e encanta.
Depois, fomos agraciados com a chegada de instrumentos novos. E como era de se esperar, o upgrade nos metais fez toda a diferença, muito embora nem haja tempo para trabalhar direitinho com os trompetes e trombones. Vai no improviso e observação mesmo; e olha que para quem pegou o instrumento a apenas 3 dias, eles estão indo bem.
Depois começamos os ensaios em ruas fechadas; e aí devo agradecer aos monitores que me ajudam; principalmente o Adair que tem sido essencial. Vimos a chegada de mais dois convidados egressos que prestarão enorme ajuda e tivemos um ensaio mais ou menos.
Em seguida, ensaiamos no sábado na casa do Sr. Roni. Confesso que pensei que não ia dar gente, e ninguém faltou. Além do mais, o ensaio foi divertido e quase perfeito, o melhor que fizemos até agora. Também compartilhamos o momento com os amigos por meio de um banquete comunitário realizado pelos próprios alunos. Meus parabéns, mais uma vez a cada um pela responsabilidade e organização.
Por fim, tivemos o dia de hoje. Horrível no seu princípio. Foi trágico o ensaio pela manhã. E por mais que as últimas músicas tenham sido melhores, não dá para esquecer os momentos de terror com o Baião, o Fight e outras. Notei que muita gente sentiu o calor abrasador; o que é motivo para termos nos preparado melhor nos testes de resistência. Tocar com blusas de frio ou correr na quadra não é por diversão não. É treino mesmo. Felizmente o ensaio da tarde foi um pouco melhor, mas ainda muito distante do que foi o sábado.
Confiante de que no dia 7 seremos ainda melhores do que fomos na casa da Nathane, podem esperar que a emoção vai tomar conta. Mais uma vez estaremos encantando com música a comunidade formosense. Amanhã, ou melhor, hoje, teremos um ensaio normal, dentro da quadra, no horário das 5. Antes de eu chegar, gostaria já de ver os instrumentos limpos e com uma afinação um pouco melhor (taróis). Acredito que conseguirei emprestado com o professor Lander mais um surdão, que será essencial lá atrás. Gostaria muito que um bumbeiro pudesse ficar lá atrás com esse instrumento, melhorando a marcação para as caixas.
Espero todos ansiosamente para nossos últimos acertos antes do desfile de independência. Desde já convidem os amigos, a família, ajude a levar mais pessoas para assistir ao evento. Formosa precisa resgatar esses valores. E o Coleginho ajudará a deixar essa marca por muito tempo impressa no tempo, na memória e nos corações.
Um abraço a todos e até amanhã.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Tempo Muito Curto
Olá, galera da fanfarra!
Desculpe por não postar os acontecimentos do dia como de costume. É que hoje trabalhei o dia todo e agora no fim de noite estou estudando. Também amanhã enfrentarei uma rotina de 16 aulas, o que me faz não ter tempo de postar devidamente o que devo comentar.
Mas já adiantando, pretendo escrever com mais paciência sobre o motim que os tarolistas criaram hoje. Ala meramente alegórica, hahahahahaha!
Falando seriamente, hoje foi muito bom ver todos organizados e melhorando nas evoluções, fico cada vez mais confiante. Devemos mesmo nos preparar a cada dia, pois quando os trompetes e trombones chegarem, deverei dedicar mais tempo à ala dos metais.
Um abraço a todos, até mesmo para os tarolistas.
Boa noite.
Desculpe por não postar os acontecimentos do dia como de costume. É que hoje trabalhei o dia todo e agora no fim de noite estou estudando. Também amanhã enfrentarei uma rotina de 16 aulas, o que me faz não ter tempo de postar devidamente o que devo comentar.
Mas já adiantando, pretendo escrever com mais paciência sobre o motim que os tarolistas criaram hoje. Ala meramente alegórica, hahahahahaha!
Falando seriamente, hoje foi muito bom ver todos organizados e melhorando nas evoluções, fico cada vez mais confiante. Devemos mesmo nos preparar a cada dia, pois quando os trompetes e trombones chegarem, deverei dedicar mais tempo à ala dos metais.
Um abraço a todos, até mesmo para os tarolistas.
Boa noite.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Nada Como Provas e Broncas
Primeiro dia
Olhos sob uma superfície de vidro. Era assim que ele via o mundo. E o mundo era tentativa e erro; com alguns acertos no caminho. Outros olhares cruzavam com o dele. Alguns desolados, outros apreensivos, alguns até eufóricos. Olhos vibrantes e atentos, um piscar poderia apagar a atenção tão necessária nesse momento. Instrumento em mãos...corpo e mente tentando se equilibrar. O nome de uma música seguido do levantar de uma mão com os dedos apontados para indicar a entrada no compasso. O instrumento se coloca em posição de ataque...o coração palpita, os olhos dilatam, o corpo parece se deixar levar e então o primeiro som pulsa iniciando uma prova que dura menos de 2 minutos; mas o necessário para ver a vida passar diante do reflexo dos óculos do professor.
Foi assim que começamos o primeiro dia de nossas provas, numa tarde de segunda-feira. Apesar de muito nervosismo, me muita ansiedade, a maioria dos alunos se saiu...hum!...razoável. Há muito o que melhorar coletivamente e principalmente individualmente. Como deixei claro. As provas desse semestre não serão tão rigorosas quanto as outras pelas quais outros membros já passaram. Até porque cheguei a pouco mais de 1 mês e não posso exigir demais de muitos novatos porque não estive presente desde o início. Ainda que eu tenha sido brando com todos, ainda teve gente que encheu os olhos ao me encarar, outros tenho certeza que choraram ao deixar o ensaio. Ainda outros morreram de raiva de mim e desejaram me ver longe dali. Tudo absolutamente normal. A pressão psicológica é um teste para as apresentações em público e para se criar motivação para superar as dificuldades com o instrumento. Claro que fico morrendo de dó de alguns, mas não refreio em dizer a verdade. A menina do 6º ano, Isabela, morria de medo de me olhar e quase chorou ao me ouvir, mas as palavras foram necessárias para que ela percebesse que a fanfarra não é só festa.
Segundo dia
No lugar do reflexo, olhos vivos e atentos. No lugar da voz esbravejante, a serenidade firme. No lugar da crítica severa, colocações mais brandas. Enfim os olhos da criatura eram visíveis, e deles o olhar lancinante disparou contra a imagem dos alunos que tocavam. Ouvidos atentos e emoção contida, o professor esperava pelo menor deslize do candidato que ficara nervoso momentos antes de entrar no local de prova. Mas eis que de assalto, os companheiros do (a) condenado (a) começaram a vibrar com a música que acabara de se iniciar. O professor atônito olha para trás na tentativa de intimidar a turba em polvorosa. Inútil tentativa, numa corrente de apoio nunca antes vista numa prova de fanfarra, os alunos se uniram em gritos motivadores e aplausos apoteóticos. Virando-se para frente, o olhar de quem fazia a prova já não era mais o mesmo, e os lábios cerrados e comprimidos deram lugar ao sorriso confiante tornando a música uma sucessão de agradáveis sons.
E na segunda parte de nossas provas, a união dos alunos motivou quem fazia prova a tocar com bravura, encanto e segurança. Os candidatos do segundo dia foram melhores. Surpreendentemente percebi que mesmo alguns novatos iam bem, mas muito bem mesmo. Isso motivou tanto o meu trabalho que achei que precisaria dar um tempo a mais nas provas para aqueles que ainda iriam passar por ela. Afinal, não estamos totalmente perdidos.
Quinta-feira negra
Hoje foi a prova de que sem a orientação dos monitores, somente a ala das pratistas pode, ainda que com alguns tropeços, caminhar sozinhas. Sem a marcação d Breno, os bumbeiros erraram feio as marcações mais comuns e os quebras mais do que batidos das músicas. Tá certo que não posso cobrar ainda técnica perfeita, nem grandes evoluções com as baquetas, mas pelo menos a marcação das músicas mais básicas, isso não pode deixar faltar. Também as cornetas erraram demais. Não só em execução, com algumas notas erradas, mas em precisão com o tempo das músicas e as entradas supererradas. Os surdinhos então, nem se fala. O pior de tudo, é a irresponsabilidade de alguns alunos. Há aqueles que sentem dificuldade, mas nem com ensaio particular conseguem ser comprometidos. No ensaio com o Breno, somente a Evelyn compareceu no horário e o Arthur chegou um pouco atrasado. Também no ensaio dos taróis, muita gente faltou, gente que precisa mesmo aprender o básico nas músicas. Infelizmete não tenho encontrado tempo para as aulas teóricas ou exercícios para a galera dos metais; pois perto do desfile o cuidado para com os percussionistas cresce.
E hoje, não poupei desafetos. Não encrespei feio com nenhum integrante individualmente, mas minha paciência para com o coletivo foi se esgotando. Não me ponho irritado por pouca coisa; muitas vezes é a desatenção e a preguiça que me deixam nervoso. Horrível como algumas pessoas ainda não conseguem olhar para o instrutor ao ouvir o apito, como cometem erros bobos de evolução e até o tempo de uma música fácil conseguem errar. E ainda nem comecei a ficar irritado. Quem é veterano sabe que a coisa piora quando começam os ensaios de rua. Acho que isso deve até ser normal para quem é instrutor de fanfarra. Brigar faz parte da rotina para aqueles que ainda não encaram com responsabilidade a coisa. Preparem os ouvidos. A prova de que com muita bronca as coisas funcionam foi a melhora significativa numa execução de Beatles, que tantas vezes erraram. O combustível de aluno desatento deve ser um sapo bem grande. Esses momentos de bronca passam. Os momentos que ficarão quando olharem para trás e se lembrarem da fanfarra serão o de descontração, alegria, emoção e companheirismo. Se não acontecessem essas reclamações de minha parte, com certeza vocês não sentiriam firmeza no meu trabalho. Além do mais, a tendência quando se fica experiente na banda é sempre receber mais e mais elogios e cada vez menos críticas. Uma nova geração está se formando agora na fanfarra. E vocês devem aproveitar as lições para que possam fazer dos próximos dias momentos de pura descontração e conquistas, honrando o nome daqueles que deixaram marcas nessa banda, assim como vocês estão deixando. Minha equipe de trabalho é 10!
E preparem-se amanhã para continuar a virem de casaco e para literalmente suarem com passadas largas, corridas e giros durante as músicas.
Um abraço a todos e boa noite.
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