segunda-feira, 29 de junho de 2009

Games! Games! Games!

Agora nosso blog está cheio de games. Como vi que a galera pediu o retorno do PacMan, agora ele está acompanhado de uma monte de jgos.
Dê sugestões, opinem, comentem sobre estes.

Nonsense




Uma pessoa muito querida disse que nessa imagem meiga estão Alex (Puff); Lucas Thiago (bizonho); Tharek (Leitão) e Matheus (Tigrão).

uhuahuahuahuahuahuah

Último Ensaio do Semestre

Quarta-feira será nosso último dia de ensaio no 1º semestre de 2009. Espero que todos os integrantes (sem excessão alguma) possam comparecer, e para isso conto com a divulgação de vocês.
Será um dia muito importante porque farei os últimos avisos, teremos o anúncio dos melhores do semestre e ainda uma pequena confraternização. Fiquem atentos:
- Cada um deve contribuir com 4 reais, entregues à Caroline, Thailiny, Maria Izabel ou Paloma.
- O Ensaio será às 16:00 h. Teremos ensaio e depois a confraternização.
- Favor, não faltar nenhum integrante.

Temos uma enquete ao lado, mas ela não decidirá sobre os melhores do semestre.
AH, acho que estou cansado, não vou postar mais nada não.
Mas fiquem de olho, nas férias vou tentar deixar sempre esse espaço atualizado.


Um abraço a todos.

domingo, 28 de junho de 2009

King of Pop

Apesar da desastrosa fase final da carreira, Michael Jackson foi sim um artista de enorme contribuição para o cenário musical. Até o lançamento do álbum Dangerous, suas músicas eram verdadeiros hits. Para quem viveu nos anos 80, sabe-se que Jackson foi o maior artista jamais visto em prestígio, só comparado aos Beatles em termos de Hyppe, qualidade musical, cuidado com produção e vendas absurdas.

Aqui você confere uma das suas performances.


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Pede pra Tocar! Pede pra Tocar!


Eram 17 da tarde, o sol despontava no horizonte e uma onda de calor emanava do cimento da quadra. Pontualmente os músicos chegaram, e com eles o nervosismo. Hoje teriam não um dia de prova, mas O dia de prova.

O professor, que maquiavelicamente estampava um sorriso, selecionou 3 monitores: um bumbeiro, uma pratista e 3 corneteiros. Pediu-lhes que formassem um grupo, e assim eles foram escolhendo seus companheiros. O teste era simples, cada grupo seria avaliado em diferentes critérios e em cada execução haveria aqueles que seriam eleitos destaques. Todos os grupos foram avaliados em música, coreografia, comando, tarolista solo e bumbos. Nesse momento todos ainda se divertiam; mal sabiam que o professor aguardava o momento de desferir-lhes um golpe.

O que se seguiu depois foi um teste de resistência, um teste sob pressão psicológica. As filas estavam impecavelmente formadas, podia-se ouvir o ranger de dentes de Ingrid e a respiração de Thailiny, embora não se precisasse fazer muito silêncio para ouvir a respiração desta última. Os olhares estavam todos ao redor da figura do professor, que exibia um outro semblante, uma cara amarrada; cara de pão-de-queijo saído do forno. Erguida a mão, os músicos já se preparavam; ao sinal todos tocaram como já haviam feito. O que seguiu durante as músicas foi pura tortura. O regente para em frente a Bianca Fandangos:
- Vamos, Bianca. Erre! Mas erre feio pra todo mundo ver. – Dizia ele. A moça tentava se concentrar, as mãos seguravam as baquetas tal qual o médico segurando o bisturi. A testa enrugou, os olhos se fecharam e na mente dela só a música. Mas entre cada batida do tarol ela ainda escutava:
- Não acredito que você seja tão ruim assim.


Caminhou ele com um passo pesado, as mãos para traz como o carcereiro que ri do preso, só esperando pela próxima vítima.
- Você é horrível, Carol. Pede pra sair do grupo. Ainda dá tempo. Você é péssima.
Caroline, exibindo seu novo penteado, segurou os pratos com tanta vontade que nem uma mãe seguraria tão firme seu filho se este estivesse em perigo. Fez de tudo para não se abalar, mas algumas notas passaram erradas depois de um sermão desses. E ele ainda se divertiu um pouco mais.
- Triste o seu jeito de tocar.
Mesmo assim, a pratista foi determinada e não entregou os pontos. Agüentou a pressão e começou a tocar melhor.

O professor continuou sua busca pela presa perfeita. Ele acabara de avistar um rapaz. Um garoto fortinho, todo descontraído e alegre, que tocava com uma vontade sem igual. Ele exibia uma cabeleira a la Tim Maia, camiseta larga para facilitar os movimentos e tocava bumbo como poucos. Foi quando o instrutor disse:
- Horrível, não é?
- O bumbo?
- Não, você!
O semblante do garoto foi de completa decepção. Logo ele, que se dedicava com tanto afinco. Que ficava horas e horas consertando os instrumentos só pelo prazer da música e que nunca faltava um ensaio.
- Por que eu?- Pensou Breno. – Esse cara tá de sacanagem comigo. Não pode ser.
Quando ele parou de pensar, seus olhos perdidos se voltaram, e ele se assustara com o professor que ainda estava parado na sua frente, ainda carrancudo e cheio de marra.

- Por que você ainda não saiu do grupo? – Disse o sádico regente à menina-fante.
- O que?
- Por que você ainda não saiu do grupo?
- Por quê?
- Porque você é péssima.
Nesse instante, um vento muito forte passara pela quadra velha. Era a respiração de Thailiny que ficara ofegante depois do que foi falado.

- Você toca igual a uma mocinha, Lucas Thiago.
- Eu?
- É. Você é o que? Um homem ou uma garotinha.
- ...
- Você toca igual a uma mocinha, um pêssego.

Não se dando por vencido, pois gostava de testar a paciência dos alunos, o professor continuou seu teste. A única bumbeira do grupo seria agora o alvo.
- Ingrid, tanto tempo aqui e você ainda toca desse jeito?!
- De que jeito?
- Muito mal! Está péssima, horrível!
- Mas o que eu estou errando?
- Tudo. A música toda tá sem graça por sua causa.
Nesse instante, a garota tocou cada nota como se fossem as derradeiras, como se estivesse em jogo sua integridade. Ela passou a tocar com precisão cirúrgica, além de rodar as baquetas em todos os sentidos, num malabarismo frenético.

Em seguida, tivemos os momentos mais desesperadores. Paloma estava toda concentrada, tocando de forma vibrante seu par de pratos. Nem cabeleira ondulada que ia pra lá e pra cá ou a franja que caía nos olhos era capaz de tirar-lhe a vontade ou a concentração. Sem perceber o professor já estava de frente para ela.
- Eu pensei que você nunca fosse perder seu posto, mas não vai dar para você ficar como monitora não.
- O que!
- Foi o que eu disse. Você está péssima, está horrível.
- O que eu fiz de errado?
- Você tem errado muito ultimamente.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, a única coisa que viu foi a figura do instrutor dando-lhe as costas em sinal de desapontamento, até que sua vista embaçou e os olhos fizeram força para não chorar.

Não tiveram a mesma sorte outros dois. O professor já sabia que Mayla era uma vítima fácil de seus planos ardilosos. Ao se aproximar dela já foi logo ríspido:
- Não vai dar para você continuar. Você erra demais. Faz tudo errado. Toca direito!
Não havia qualquer chance de ela dizer alguma coisa. Todos sabiam que Mayla era a menina mais sensível da fanfarra, tem muita determinação e toca bem; mas seu estado emocional é frágil. Não demorou para ela sair da formação, respirar um pouco e se derramar em lágrimas. Vinícius, então, o tarolista novo; nem teve a atenção chamada, mas chorou como o condenado que vê a forca: - Ele não gosta de miiiiiiiiiiiiiim! Eu não vou conseguiiiiiiiir!

Quando todos ainda se recuperaram do susto, o professor exibiu um sorriso e dissera que tudo não passava de uma brincadeira. Na verdade um teste. Era preciso que os músicos se concentrasse e jamais perdessem o foco na música, não importava o que se dissesse.

Ainda assim, disse que alguns alunos passavam a estar em observação. Que estes deveria procurar ajuda com os monitores, com o professor ou qualquer outro colega. Os novatos não devem se preocupar, pois foi o próprio instrutor que os escolhera e ele tem plena confiança no trabalho de vocês. As veteranas que estão em observação devem ter a mesma determinação de aprender como tiveram no ano passado, e os escolhido, não podem deixar de aprender cada vez mais.

Um dia desses ainda encontrei esse professor pior aí, paramos para conversar sobre o trabalho. Eu insistia em dizer que os jovens de hoje nada querem e que não há chance para a educação. Felizmente tive os ânimos mudados quando ele me respondeu:
- Olha, sei que é dificílimo ser professor. Os momentos de desgaste são muitos, mas há ocasiões em que meu trabalho é o melhor do mundo. Vou te falar de um grupo talentoso que tenho numa escola ali chamada Colégio dos Sagrados Corações. Os meninos saio supereducados, nem todos estão dispostos a aprender, passam o tempo todo faltando a ensaios. Mas muitos se dedicam com o coração todo. São momentos que vivo ali que jamais trocaria. Claro que há muitos outros momentos mágicos na minha vida, momentos em que divido, por exemplo, as estrelas no céu com a única pessoa que toca meu coração de verdade. Mas quanto ao trabalho, esse grupo, a fanfarra, consegue me motivar cada vez mais a ser uma pessoa melhor. Me faz acreditar que os jovens ainda hoje estão dispostos a ser pessoas melhores. Ali encontro companheirismo, espírito solidário, diversão e estudo. Quem diz que tudo ali é brincadeira é porque não sabe o quanto eu sou exigente. Muitas vezes tenho que falar alto com alguém, ou mesmo dizer umas verdades para que o aluno cresça, para que seja melhor no que faz. E tudo isso compensa muito. Sei que depois das broncas, a dedicação aumenta, a disposição em mostrar garra e competência de tanta raiva guardada por mim faz dos alunos excelentes músicos. Os outros momentos também são importantes, e são muitos. São momentos em que fazemos piadas uns dos outros, em que colocamos desafios e brincadeiras para testar cada um, momentos em que o companheirismo faz de nós uma fanfarra diferente. É por tudo isso que ali no Colégio dos Sagrados Corações temos uma outra família. Claro que nunca poderemos comparar nossa família de verdade ou mesmo as pessoas mais importantes das nossas vidas. Mas ali, temos uma união sem igual, um espírito coletivo e uma vontade de fazer bonito, como nunca se viu. Cada vez que a fanfarra toca o coração, são os nossos corações também que se estremecem. Cada vez que conseguimos aprender algo novo somos tomados por uma sensação de vitória como poucas vezes iremos viver. Sempre que nos olham, muitos desejam estar nos nossos lugares. Depois que tudo acaba e o silêncio fica por ali, só não sentimos um vazio porque estaremos ali de novo. Mas quando isso não mais acontecer, vão ficar as lembranças de tudo de bom que lá passamos. Naquele lugarzinho antes abandonado ficam os talentos. Ali onde só havia o silêncio reina a música. É nesse lugar que fiz amigos, nesse lugar que me sinto bem. Tenho enorme cuidado e carinho por todos. Por mais que alguém insista em dizer que eu não dou a devida atenção, saiba que meus olhos e ouvidos sempre acompanham todo. Sei como cada um toca, os trejeitos de cada um, os medos e receios, as dificuldades e as histórias. Não morro de amores por muitos alunos. Pela maioria e apenas sou professor e mantenho uma relação profissional. Mas há alunos que conseguem me cativar, e muitos deles fazem parte desse grupo. Há outros que admiro muito, e ainda não entraram para a banda. Mas eu sou paciente, ainda vou esperar. Outros nada querem com a fanfarra, e ainda assim sinto enorme admiração. O magistério é realmente difícil, mas momentos tão encantadores como esses mês fazem acreditar que ser professor é realmente para poucos, que o magistério é para a vida. E lá na quadra velha admiro a vida em todos os sentidos. Fico emocionado com os pássaros que passam por lá, com o pôr-do-sol que nos recebe e com os amigos; além da pessoa que mais amo, a minha noiva, que às vezes vão nos fazer companhia. São por esses momentos sublimes e pelas pessoas maravilhosas que os meus alunos e amigos são que digo que ali não temos apenas uma fanfarra, mas a Família da Fanfarra do Coleginho.




Boa noite e boa música.

Abertura dos Jogos Internos

Olá a todos.
Hoje realizamos mais uma apresentação, estávamos encarregados de participar da abertura dos jogos internos do Coleginho.
Bem, indo direto ao ponto, acredito que essa tenhasido nossa apresentação mais fraca esse ano. Era possível perceber isso pela reação do público. As músicas não foram contagiantes, não fizemos nenhuma coreografia muito bem, e houve muitos e muitos erros; erros primários que veteranos não deviam deixar escapar.
Fico triste, mas terei que reduzir o grupo, infelizmente temos um grupo muito numeroso, mas que não toca tão alto quanto as outras; acho até que estamos tocando mais baixo que a própria fanfarra ano passado. Mas o que está acontecendo? Bom, temos muito músicos inseguros que não tocam alto porque tem medo de errar. Temnos muita gente que finge que toca. Bom, infelizmente não dá para continuar mais; mudanças serão feitas, doa a quem doer. Depois de tanto tempo acredito que falta esforço, falta vontade.

Mas nem tudo foi ruim, pelo menos não aconteceu nenhum erro grosseiro, nenhum som ficou cruzado, ou alguém ficou seriamente sobrando. Mesmo assim, falta vida na nossa fanfarra. Onde está aquela empolgação que alguns mostram nos ensaios? Temos apenas 1 mês e duas semanas até o desfile de independência; e se fomos os melhores no ano passado, esse ano me preocupa com o lugar que vamos ocupar.

Espero todos vocês hoje no ensaio, músicos e balizas.
Um abraço a todos e bye!

sábado, 20 de junho de 2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Notícias em 5 Toques

No bom sentido, claro!



- Teremos ensaios segunda, quarta e quinta-feira na próxima semana. Terça-feira não poderei ensaiar porque estarei trabalhando em Brasília.

- Estão abertas 2 vagas para bumbeiros. Preferência dada a homens no ensino médio. Somente Ingrid deve permanecer como BomberWoman para fazer os outros de escravos.

- Inscrições para acompanhante de Gustavo em sua viagem de férias para a Ilha de Caras ainda estão abertas. Ele disse que tem preferência por morenas.

- Alguém por favor avise Vanessa da nossa apresentação segunda-feira, pois ela estava fazendo provas em Goiânia e volta hoje sem saber de nada.

- Os que desejarem garantir suas peles batedeiras ou respostas para as apresentações no segundo semestre devem logo falar com a irmã Maria Augusta; pois tenho interesse de trocar o quanto antes as peles do surdinhos com os materiais que encontrar dos taróis.

- Bumbeiros também devem garantir suas peles; é o instrumento mais fácil de rasgar nas apresentações longas, como o desfile de 7 de setembro.

- URGENTE! URGENTE! Precisamos confeccionar o Brasão da Fanfarra para o desfile de independência. Tenho o desenho já pronto; só precisamos encontrar alguém que possa bordar, costurar, pintar, sei lá.


Um abraço a todos e fiquem ligados aqui no blog.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Duende do Bumbo Velho

Era um sujeitinho magro, de feições bem maquiavélicas. Com o coração cheio de inveja, ele se arrastava pelos corredores do colégio exigindo que lhe tirassem um peso das costas, no bom sentido. Era um duende e seu bumbo velho levado na corcunda. Dias a fio ele encrespava a testa, lançava olhares tão mortais quanto a lança do próprio Aquiles. Seu nome era um mistério, seu desejo: apenas vingança.

Contam os antigos que há muito tempo, quando a Fanfarra do Coleginho fora criada, um jovem bumbeiro surgiu. Desnutrido como um gato de rua, gorro verde na cabeça que guardava apenas alguns fios longos e cheios de um lodo verde-escuro e viscoso, esse homenzinho era acostumado a escutar apenas Guns N’ Roses, Ramones e Slayer. Logo que descobrira o som mágico do bumbo, essa criatura ficara tomado de uma obsessão desnorteada, uma compulsão inexplicável, uma “maldição bumbólica”. Nos ensaios, ele mostrava um sorriso amarelo, quase infantil de puro contentamento. O bumbo e seu dono eram agora um só. Se alguém chegasse perto do mesmo, a criatura desferia logo palavras de desprezo e erguia os punhos. Sentir o suave abraço do bumbo no peito era tão gratificante quanto a o encontro de peregrino do deserto com a água. Ao cair da noite, quando avançada a hora ele tinha de deixar o instrumento, abraçava-o e lançava juras que voltaria no dia seguinte.

Dias se passaram, e eis que num desses ensaios, o duende se deparara com algo estarrecedor: seu precioso bumbo estava ferido. Golpes mortais de uma baqueta de caixa desferidas por um tarolista com crise epléptica deixaram a pele lisa e hidratada do grave instrumento seriamente machucada; um corte se formara. O duende, numa tentativa desesperada de salvar aquilo que lhe dera dias de alegria imensurável agora corria risco de morte. Metros e metros de esparadrapos foram usados, um acolchoamento especial de baquetas fora criado usando pele de carneiro vindo das colinas gregas e madeira e tecido de algodão colhido nos campos dinamarqueses. Tudo em vão. O bumbo estava condenado ao cemitério dos instrumentos, fazendo companhia a cornetas sem bocal, surdos sem aros e pratos tortos e quebrados. O pobre coitado ainda tentou com seu instrutor conseguir um dos bumbos novos que chegaram ao colégio, mesmo sabendo que nenhum deles pudesse tapar o vazio deixado pelo inestimável objeto destruído. Ainda assim, o instrutor se recusou, aparentemente por perseguição, a entregar algum bumbo ao duende. Disse ele que seus dias seriam de eterno lamento porque fora irresponsável em cuidar do artefato.

Quando a lua formou um clarão prateado que reluzia nas árvores de uma mata nos arredores de uma rodoviária, o duende fora encontrado. Com ele lágrimas derramadas numa adaga. Um punhal maligno que sobre maldições estava agora encarregado de cumprir os desígnios do musicista: destruir todos os bumbos dos arredores. Jurando vingança a todos os bumbeiros e aos professores de fanfarra, a vil criatura perambula por entre as sombras com seu bumbo velho e rasgado nas costas em busca de novas vítimas. Dizem que ainda hoje ele consegue por as mãos em alguns bumbos, mas suas lembranças logo o consomem e ele começa a tocar todas as músicas usando o punhal maldito, rasgando as peles reluzentes.

Em dias frios e noites escuras, é melhor tomar cuidado fanfarristas. A qualquer momento, emergindo das trevas vocês podem se deparar com essa triste criatura, o duende do bumbo velho. E se realmente encontrarem, tomem cuidado; talvez seja a sua pele a próxima vítima!

Atendendo a Pedidos

Olá a todos.

Estava meio ausente aqui no blog porque estou muito ocupado com provas, simulados e tal. Mas decidi passar aqui só para comentar brevemente. Aliás, talvez eu volte a postar diariamente aqui, mas às vezes postarei qualquer coisa só para enrolar mesmo, uhauhauhauhaa; e tentarei ser breve em comparação a outros textos meus.

Bom, começo dizendo que fico feliz com a presença dos novatos; temos muitos, aliás. Júlio, Yasmin, Gabriela, a volta de Raiana, os dois meninos que não sei o nome da sexta série, etc. Fico feliz por todos e espero que consigam encontrar na fanfarra muito companheirismo, talento e momentos inesquecíveis. Ainda temos que batizar a todos eles, então vão logo pensando sobre o que faremos.

Ah, Breno e companhia e Valdemir e companhia consertaram novamente de novo e outra vez alguns bumbos e caixas respectivamente. Peço agora aos músicos que tomem cuidado com os instrumentos. Não os deixe nas mãos de outra pessoa. Não toquem com baquetas com pontas muito finas (taróis) ou sem uma cobertura ideal (bumbos). Pedirei só desta vez que os bumbeiros se reúnam e forrem as baquetas com uma cobertura nova, inclusive com uma espuma. Façam trabalho de equipe e arrumem todos juntos. Nada de cada um que arrume o seu. Ah, os garotos tem de pagar Adair; esparadrapo custa muito caro. E paguem Breno também. Alguns garotos compraram da irmã peles para caixa; e olha que fiquei muito surpreso com o preço, estava muito em conta e não estou aqui pagando pau não. Tá barato mesmo. Acredito que o que ela fez foi comprar, assumir parte da dívida e repassa a um preço menor. Quem quiser ir garantindo seu par de peles, que peça logo à irmã Maria Augusta, pois é difícil encontrarmos no mês de agosto. Isso vale para os bumbeiros que deveriam tocar de peles novas no desfile cívico.

Hoje foi um dia tranqüilo, muito tranqüilo. Como vocês perceberam, cobro muito durante os ensaios, brigo bastante, principalmente como quem nada quer. Mas próximo de alguma apresentação tento deixar o clima descontraído. E foi o que aconteceu hoje.
Tocamos todas as músicas, separamos as filas (aí aparecem aqueles que não conseguem tocar), brincamos de quadrilha, foi o máximo. Houve muitos momentos dignos de aplausos devido a dificuldade de se tocar espalhado, como a primeira vez da Marcha de Combate. Digno de nota também é que Fred e Thailiny adaptaram Estúpido Cupido e eu arranjei com a percussão. Parabéns aos dois pela iniciativa e pelo ouvido musical.

Segunda feira próxima temos o dever de abrir os jogos internos. Se no ano passado tínhamos uns 35 membros, hoje temos mais de 50. Também se tínhamos apenas umas 5 músicas (todas emprestadas), hoje contamos com quase 15, e com exceção das que já foram citadas pegando emprestado (e até melhorando), são todas composições originais (Marcha de Combate; Música Sem Nome; Cadência), adaptações de temas populares que nós arranjamos por conta própria (Twisted And Shout – Beatles; Rock Around O’ Clock; Estúpido Cupido) e arranjos menores originais que fazem parte do conjunto de outras músicas (Palomo). Assim, com tantos musicistas e tantas músicas, a tarefa é ainda mais difícil; além de que temos muitos novatos.

A partir de próxima semana entramos praticamente nos últimos ensaios, terminamos no dia 30 de junho. Teremos ensaios de segunda a quinta. E assim que voltarmos em agosto teremos ensaios todos os dias da semana. E não serão perdoadas faltas, somente por motivo de força maior. Reservarei apenas 1 dia da semana como facultativo (sexta-feira) nas duas primeiras semanas. Preparem-se porque ainda terão Semana Sociocultural.

No mais, o grupo está de parabéns pela alegria, pela descontração, pela responsabilidade e pelo esforço de fazer bonito. Há ainda muita comédia por aí. Leonardo dando ataque numa música; Adair começando no um quando deveria depois do dois. Os bumbeiros não tocando numa música; a presença do Duende Do Bumbo Velho; tem muita coisa.

Espero vocês segunda-feira no colégio às 7:15; todos de uniforme branco e calça jeans (favor entrar com o uniforme e só vestir a calça depois). Estou sentindo muita falta das balizas. Sei que elas estão ensaiando separado com as músicas gravadas, mas a presença delas é importantíssima nos ensaios. Sei lá, tava tão acostumado que as balizas traziam uma certa descontração, euforia; que agora a ausência foi sentida. Espero que elas estejam preparadas para segunda.


Um abraço a todos e boa noite.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fanfarras e Fanfarra

Hoje ao sair do ensaio fui surpreendido por um som de fanfarra muito bonito e muuuuuito alto. Não, não era a fanfarra do Hugo Lobo, muito menos a nossa. Era a fanfarra do Franklin , se não estiver errado. Isso me fez refletir no seguinte. Ano passado fomos os melhores, sem dúvidas, e digo isso sem qualquer defesa só porque estou na Fanfarra do Coleginho. Foi um feito único. Reunir um grupo de pessoas que nunca tocaram liderados por alguém que nunca ensinou e conseguir fazer história foi emocionante. Mas esse ano as coisas apertaram para a gente. Primeiramente, há aqueles fanfarristas que nunca pararam de ensaiar, caso do Hugo Lobo, que melhorou bastante. Está muito bem e caminha para a excelência novamente. E há aqueles que começaram depois da gente, caso de todas as escolas municipais, que têm melhor preparo, melhores instrumentos e principalmente, pessoas que já tocaram antes, que conhecem muito de música e que são muito regulares e bastante disciplinados. E no meio disso tudo estamos nós. Um grupo sem preparo de teoria musical, que começou um mês antes das municipais, que tem metade dos musicistas veteranos e a outra metade de novatos. E que infelizmente o professor deve fazer de tudo para que os alunos fiquem freqüentes no grupo e se esforcem. As outras escolas evoluíram tanto que até copiaram nosso jeito de tocar. Nenhuma escola antes fazia coreografia, nem tinham balizas com swing pois; agora não é surpresa que as outras estão ensaiando com passos marcados e com balizas mais dinâmicas. As músicas de muitas escolas eram presas na batida das marchas; hoje elas estão tocando ritmos populares como a nossa.

O fato é que as outras fanfarras evoluíram muito em menos de 1 ano. E nós? Bem, nós conseguimos também avançar em alguns pontos, mas muito pouco comparado com o ano passado. Claro que acredito que o grupo que tenho hoje é muito melhor que o do ano passado. Estamos bem melhores, mas ainda assim longe de onde poderíamos chegar. É difícil ensinar para aqueles que se esforçam muito e para outros que só enrolam. Sinto que se o grupo se dedicasse mais, se cada ala fosse mais unida, teríamos músicas mais cheias de quebra, com viradas, coreografias mais certas, introduções diferentes e outras músicas para ensinar. Infelizmente sou obrigado a repassar as mesmas lições porque algumas pessoas simplesmente não se esforçam em aprender. Do outro lado temos alunos que são constantes, que trabalham muito e ficam no mesmo aprendizado esperando pelos outros.

O pior é que minhas expectativas não são boas, sinto infelizmente que o grupo vai diminuir, assim como no ano passado. E a falha não é não dar conta de tocar, porque todos podem. A falha está em não se esforçar, não pedir ajuda; fingir que está tocando, tocar desmotivado. Isso tudo me irrita. Pois a fanfarra é um lugar de laser, de descontração, mas não se pode enganar os colegas, porque há outros que queriam muito estar com um instrumento na mão. E isso vale para a fanfarra toda, inclusive balizas.

Já conversei com o professor Joaquim e a professora Inaiane, semana que vem passo a lista com os nomes e as notas de cada um, e sei que muita gente vai ficar de cara virada para mim, mas não vou ser injusto com quem dá o sangue por esse grupo. No bimestre seguinte, conversarei com o Welder e Gilberto ou Oberdam e Nádia. E no bimestre que vem será muito mais pesada a dinâmica de ensaio, porque serão meses próximos de nossas maiores apresentações.

Após as provas para os taróis, teremos provas para as cornetas, sugiro que os corneteiros ensaiem sozinhos amanhã com o monitor após as 17 h, pois sei que muitos não conseguirão se não melhorarem. Há ainda músicos com erros primários, como inflar as bochechas para tocar. Tá, eu sei que minhas bochechas estão sempre infladas, mas isso não vem ao caso.

Na prova para tarolistas tirei as mesmas conclusões previstas. Valdemir, Tárick e Laiane se sairam muito bem. Estou sentindo falta de Mariane, que é um dos nossos maiores nomes. Ah, e talvez minha irmã (a Juliana) volte para o grupo. Samara era uma das musicistas que eu mais aguardara, justamente porque ela toca com uma técnica diferente e é muito boa no instrumento. Ela foi bem na prova, aprende muito rápido (acho que é a menina que aprende mais rápido no grupo), mas pode se destacar ainda mais. Pode ser a melhor se for mais constante e mais regular nos ensaios. Joyce não foi bem; mas a culpa não é do esforço que faz porque ela sempre vem aos ensaios e sempre presta atenção nas lições, ela só tem certa dificuldade mesmo de se encaixar na música. Nathane é outra que toca bem, mas apenas em grupo, certamente ela também precisa melhorar mais porque sei que ela toca muito bem quando está animada. Adair era o que já esperava. Toca bem, mas é desesperado demais. O garoto precisa controlar a ansiedade, deixar a mão mais leve, olhar para a frente e tocar as notas com mais precisão. Rayane é outra que tem se esforçado muito, fez uma apresentação bem tímida, errou algumas notas mas tem grande futuro no grupo. Ainda faltam, Camila, Mariane, Fernanda, Fernando e Bianca.

Bem, nossa última apresentação me mostrou o seguinte. Confio muito mais no talento de vocês do que vocês se sentem seguros. Como assim? Quando arrisquei fazer um final quase diferente para o Beatles, ninguém errou. E quando improvisamos a música do Divino também foram ótimos. E olha que quando anunciei a música muitos do grupo me disseram: - Não, não! Ta louco, a gente só ensaiou uma vez.
Mas eu sabia que daríamos conta do recado, sabia que vocês não iriam me desapontar. Por que? Porque ali vocês estavam concentrados, estavam tocando naquele momento de coração aberto e sorriso no rosto. E quando estão assim, confio em que tudo sairá bem. Quem dera fosse assim em alguns ensaios. Infelizmente para isso acontecer tenho que brigar muito e deixar um clima pesado, o que desanima a tocar e desestimula a algo novo. Todas as vezes que criamos uma música nova sempre foi num clima de descontração, mas uma descontração organizada, em que nunca tive que brigar com ninguém. São nesses momentos que as idéias surgem. Lembro até hoje de como foi criado o Beatles e o Rock. Do nada, ali brincando com um grupo em frente ao ginásio tive a idéia de criar algo. E assim foi esse ano com o Hip Hop, embora ela já estivesse na minha mente; e mais precisamente com Carruagens de Fogo que saiu do mesmo jeito, meio que brincando. Mas para isso acontecer é importante ser organizado e manter o compromisso. Hoje infelizmente Jaime deu provas de que falta compromisso, e não é a primeira vez. Fiquei perplexo de ver que enquanto o grupo tocava direitinho e marchava, o garoto simplesmente deixara o instrumento e estava ensaiando estrelinha com Caroline. Também foi a gota d’água para Ana Jéssica, que se estava no grupo foi por consideração minha; pois ela falta aos ensaios, falta às apresentações e não se esforça muito. Também a Daniele pediu para ser transferida para as balizas; mas o esforço de ficar nessa ala é o mesmo de estar com o tarol. Vamos ver se ela se sai bem; torço para que dê tudo certo. Depois de pensar um pouco, decidi entregar um dos taróis à Tayná e convidar o aluno Júlio, da 8ª A para integrar à ala dos surdinhos. Essa ala, inclusive, já deveria ter providenciado as baquetas novas, mas ainda não mostraram serviço.

Espero que tudo caminhe para melhor. Tive dois meses de muitas conquistas e muitas alegrias com o grupo; mas de tempos para cá sinto um clima de oba-oba que atrapalha bastante. Como disse, é só olhar para nossos colegas de outras escolas e ver o quanto eles se aperfeiçoaram. A Fanfarra do Coleginho também cresce, mas a passos mais lentos que o previsto.

Um abraço a todos e até quarta-feira.