quinta-feira, 27 de agosto de 2009

De Olhos Fechados e Coração Aberto


Tudo tem o seu momento certo. Há momentos em que devemos brincar, em outros devemos brigar. Em outros devemos sorrir, e em alguns devemos emburrar. Já se passou o tempo das broncas mais feias, embora algumas delas hora ou outra voltem, e a hora é de maturidade com o instrumento que carregamos, a música.

Desde o início do ano, foram-se muitos momentos bonitos, muitos momentos importantes. Formamos as alas, alguns amigos não continuaram na banda, outros entraram quase que de surpresa; outros saíram ainda perto do desfile de independência. Já colocamos veteranos e novatos numa disputa, separamos a fanfarra em três blocos diferentes para competirem; foram pressionados a errar através de bombardeios emocionais e elogiados por cada show nas apresentações e em cada ensaio bem realizado.

Hoje, não tinha nada muito preparado, a não ser passar o que faltava de Black or White, que para minha infeliz surpresa não tem agradado a algumas pessoas que acreditam que a música está chata ou não se parece nada com a original, embora eu ache melhor que Lirirrixa. Mas na minha cabeça estava a forte imagem de um insight que tive numa aula do 2º ano, quando assistíamos à Minha Amada Imortal, filme biografia de Ludwig Van Beethoven. Eu adoro música, sou apaixonado por um estilo em específico, a música clássica, erudita. E ali percebi numa cena em que se discutia a qualidade de um pianista que alguns músicos da fanfarra tocavam da mesma forma, preciso mas tudo em staccato; ou seja, as notas certas, mas sem vida, sem a chama pulsante que só a música é capaz de criar. E isso acontece quando se toca de forma burocrática, sem preparar o ouvido para bem entender a música ou deixar aberto o coração para filtrar o que há de melhor nela e consertar aquilo que está escapando do belo. Uma fanfarra que emociona o público é a que faz vibrar os espectadores não apenas pela escolha do repertório mas pela forma com que as músicas são conduzidas. É o brilho no olhar de cada músico, a satisfação de tocar, o entusiasmo na postura, coreografia e na emoção contagiante do sorriso que fazem com que a música executada tenha um brilho diferente. Porque música não são apenas notas combinadas, música é a sensação de que o espírito se torna mais ameno ou revolto, música é mexer com as sensações, é brincar com os sentidos, é criar uma revolução dentro de alguém. E isso só se pode ser conseguido se o músico também tiver a música dentro da essência do seu ser. É tocar uma marcha com a precisão de um relógio, mas a emoção de quem marcha para uma triunfante vitória. É tocar um Hip Hop com certo molejo e graça que só os artistas de rua têm. É fazer do Baião um ritmo verdadeiramente nordestino e dançante. É criar movimentos e brincar com os aparelhos de baliza como o bailarino ou o artista circense que corta os ares num gesto rápido. É tocar Rock feliz da vida como se não houvesse nada mais para se preocupar. Tudo isso deve existir quando se toca. Quando fazemos parte de um grupo musical, devemos ser apenas um, e o momento deve ser apenas esse. Somente a emoção da música deve existir entre o olhar atento dos músicos que esperam uma aceno e o instante final em que os instrumentos descansam e os aplausos surgem.

Por isso, hoje tocamos somente com as palmas das mãos, para viver um momento de descontração e para entender em essência as nossas músicas. Por isso tocamos com os instrumentos trocados. Para que pudéssemos dar valor no trabalho de cada companheiro de outras alas e ver como é duro o trabalho deles. Parece fácil, às vezes, mas só quem toca sabe quanta técnica existe ali, quanta dedicação foi empregada. Talvez alguns músicos nunca mais esqueçam a dura tarefa que os colegas têm de seguir com eles em harmonia as músicas que tocamos. Foi de olhos fechados que provamos que a música deve passar por muitos sentidos, mas deve sempre residir no coração. É isso que alguns colegas que tocaram ano passado e agora só poderão ser espectadores vão sentir quando os virem tocar no desfile, mas multiplique por dez essa emoção. Pois pode ter certeza que cada um deles vai ser tomado pela nostalgia e vai ter desejado estar lá, no lugar que vocês ocupam, pelo menos mais uma vez.

Música nada tem a ver com disputa ou inveja, nada tem a ver com brigas ou egoísmo. Música é um estado de graça, é a contemplação da vida e de como ela é maravilhosa através de sons que se combinam numa fórmula mágica que celebra a amizade entre todos que tocam e todos que apreciam. Agradeço muito às palavras de Ingrid, que me deixaram realmente comovido. Não tenho nenhuma formação musical. Sou muito inexperiente em tanta coisa relativo à fanfarra que cada dia é um aprendizado para mim. Mas levo essa fanfarra num cantinho especial no coração, tenho enorme apreço pela mais nobre das artes, mais até que a Literatura de que tanto gosto. Sinto música no meu dia-a-dia e me deixo ser conduzido pela enorme força que ela tem sobre meus sentidos, razão e emoção. Deus é o maior compositor e maestro do mundo. Se nunca parou para pensar, ouça o quanto é singular cada música na natureza, desde as calmas notas de uma chuva leve de verão que cai numa noite pouco antes de dormir, ou a vigorosa batida de uma cachoeira enorme que proclama sua soberania, ou o canto alegre dos pássaros pela manhã e o som despertador de um galo ainda mais cedo. É assim que penso em música na sua forma mais perfeita. Aos homens cabe também o prazer de fazer parte dessa maravilhosa sinfonia que é a vida. E cada um de vocês contribui para que ela seja ainda mais bonita.

Que nos ensaios que nos faltam o prazer de tocar e a inspiração da vida celebrando a amizade possam conduzir-nos pelo sucesso; o sucesso de sermos a fanfarra mais bonita da cidade.

Um abraço a todos e boa música.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Está Chegando!

O dia de uma das nossas mais importantes apresentações está chegando. Esse ano contamos com mais pessoas para um desfile bonito. E não me refiro à fanfarra. São muitos os alunos que decidiram apoiar o colégio e vão desfilar nas alas com o nosso tema. À frente da organização dessas alas está a professora Nádia. Mas em especial, faço honras em homenagear 4 pessoas importantíssimas aqui. Primeiramente as professoras Alessandra e Laiane, que com muito entusiasmo aceitaram a missão de levar os alunos menores ao desfile, sem qualquer receio ou preocupação; sem interesse ou propósito egoísta. Ambas pensaram muito no colégio e na fanfarra que elas admiram muito. Além delas a Pâmella que sempre nos apoiou e estece presente em muitas apresentações nossas; e a Lilian que é a pessoa que mais me ajuda nos bastidores, desde organizando camisetas até detalhes de organização ou assistindo aos ensaios que ela faz questão de acompanhar porque adora muitos dos que tocam.

Agora chegou a nossa vez de mostar porque ensaiamos durante esses meses. Chegou a hora de mostrarmos a essas pessoas que podem continuar a se orgulhar da fanfarra de sua escola. Vamos tocar com bastante entusiasmo, com um sorriso no rosto pela satisfação de tocar e a vibração pulsante de cada música que tocaremos bem alto até que braços, pernas, lábios ou ouvidos estejam no limite. Nós chegamos muito longe ano passado e mais longe nós iremos esse ano. Acredito no potencial desse grupo e unidos, com um só coração, chegaremos às estrelas.

Obrigado por todos os momentos mágicos que tivemos e que ainda vamos compartilhar.
A hora é agora, e vamos mostrar porque nosso nome cresceu tanto.
Boa música, Coleginho!

sábado, 15 de agosto de 2009

Ensaio de Rua

Olá a todos.
Ontem foi nosso primeiro ensaio de rua e a sensação, como esperado era de estranheza. Afinal, estávamos acostumados com o retorno do som e amplitude dele na quadra velha. Senti a fanfarra tocar muito baixo, muita gente sem segurança do que tocar, coreografias erradas e evoluções descompassadas, além da falta de concentração. Sinto que não conseguimos atingir o nível desejado nem mesmo em referência ao ano passado. Sei que as pratistas vão me xingar, mas é a pura verdade; ontem a prova de que quase todas são fracas demais foram os erros grosseiros e o medo de tocar com as ausências de Paloma e Verônica. Verônica foi ao ensaio mas não pôde ficar até o final. Em uma das músicas, somente Maria Isabel conseguiu acertar o que era para ser feito. O número de taróis é muito baixo. Temos menos gente tocando nessa ala comparado com o ano passado. Isso é ruim porque todas as outras alas aumentaram. E lá na frente é a única ala que não escuto nada. Sério mesmo, não consigo escutar perfeitamente as caixas. Some-se ao baixo número de integrantes aqueles que fingem o tempo todo que estão tocando.

Bom, segunda-feira nós teremos uma CAÇA ÀS BRUXAS no mesmo modelo do que foi feito ano passado na casa da Aline. Quem se lembra sabe que tínhamos pessoas que não conseguiam tocar nada, mas que depois de muito choro e depois de cair na real, conseguiram melhorar e muito. Podem aguardar pela segunda-feira que será terrível para aqueles que só tem atrasado a fanfarra. Não serei mais piedoso. Afinal, essas pessoas são as mesmas que tem se mostrado desinteressadas desde o início do grupo. As mesmas que faltam aulas com freqüência. Não espero que desistam, mas terão que ser fortes para agüentar ficar no grupo. Isso vale até para os pequenos nos surdinhos.

Ainda não verifiquei, mas se houver um bumbo disponível, gostaria de entregá-lo ao Lucas Oliveira, que deixaria então a ala dos surdos. Acredito que o Lucas está desperdiçado numa ala que quase não evolui. O surdo é um instrumento interessante sim, pois ele tem a marcação forte de um bumbo, mas pode fazer floreios como uma caixa. Mas sempre que ensino algo diferente, ninguém aprende, prova disso são as tentativas frustradas no baião e na marcha de combate. Depois o Breno me passa a resposta se haverá um bumbo disponível.

Além do mais, aconselho a quem puder adquirir peles hidráulicas para os instrumentos, afinal a amplitude de som é bem maior com elas.

No mais fanfarristas, espero que se dediquem mais, que possam agendar a fanfarra sempre nos seus horários e cumprir com responsabilidade a tarefa de representar o colégio. E acima de tudo, tocar com vontade, classe e alegria.

Uma abraço a todos e bom final de semana.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Estamos Chegando!

Vocês têm o dom de esmorecer os ânimos da gente em um ensaio e depois reeguer no outro. O ensaio de hoje, embora passamos muito tempo criando arranjos, foi muito bom. E tenho certeza de que vem uma boa música aí.

Desculpe pelas postagens serem mais curtas e infrequentes, mas é que minha nova rotina de trabalho está realmente estafante. Fiquei muito satisfeito com todo o grupo. Fico feliz que pessoas que tanta falta faziam retornaram com muito ânimo.

É isso aí, galera, muita força, dedicação e humildade. Mas não a humildade falsa dos que desejam aparecer, sejam humildes mesmo, reconheçam que temos muito a aprender a cada dia. Mas também saibam que nossa estrela brilha sempre que preciso.

Um abraço a todos e boa noite.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Continuamos Muito...Não Sei.

Depois de dois ensaios maravilhosos, dois dias muito bons em que recobrei a confiança com o grupo, novamente tivemos um ensaio horrível. Mas isso é muito pesado para dizer não? Deve ter havido algum momento bom. Olha, alguns momentos foram de acerto, sem muitos erros mesmo; mas no geral nenhum momento foi bom. De que adianta acertar quase tudo numa música quando ela é tocada sem vida, de maneira forçada e sem segurança? Nada do que houve hoje lembra os dois últimos ensaios. Não pude deixar de notar como o meu tio Gilberto observava a fanfarra, logo ele que é professor de fanfarra. E a única coisa que eu ouvi ele conversar com Breno foi sobre a ausência do grupo, e notei que para ele isso era falta de responsabilidade, com toda certeza. Estar numa fanfarra significa estar todos os dias de agosto ensaiando, mas há pessoas que simplesmente não assumiram o dever. Pecuária? Isso me soa como desculpa. Algumas pessoas eu realmente entendo que tiveram que faltar ou no meio do ensaio tinham que sair. Mas há simplesmente pessoas que não frequentam e pouco se importam com isso. Nunca neguei um pedido que qualquer um que estivesse passando mal, que tivesse que ir para casa resolver um problema, alguém com cólica e tal. Todos passam por imprevistos mesmo, mas insisto em dizer que há pessoas que só ocupam cargo. Ah, mas o ensaio não é tão importante assim, é a mesma coisa. Será? Então porque muitos ainda não tocam direito as músicas mais fáceis? Porque muitos ainda não têm postura e expressão? Por que muitos tocam tããããããããão baixinho com vergonha de errar? Tudo isso só pode ser sanado com uma coisa: ensaio. Qualquer músico faz isso. Apesar dos musicistas profissional saberem ler qualquer música só pela partitura, o ensaio constante ajuda a aperfeiçoar a obra, ajuda a tocar mais com emoção que razão, ajuda o artista a sentir o "feeeling" da música e deixar tudo fluir mais naturalmente. Uma peça em qualquer instrumento é ensaiada inúmeras vezes antes de apresentada, ainda mais em se tratando de um grupo grande.

Sei que é ruim estar lendo mais uma vez isso aqui, que já está chato somente levar sermão, mas a verdade é essa: não estamos preparados mesmo para uma apresentação de alto nível, por muitos motivos:
- irresponsabilidade com a frequência;
- desatenção com as músicas tocadas;
- falta de interesse em estudar o instrumento;
- falta de interesse em conhecer melhor a música perguntando aos colegas ou ao professor;
- insegurança na hora de tocar, tocando baixo ou esperando o colega começar para saber o que fazer;
- por último, falta de capacidade criativa do professor.

Isso mesmo, as idéias para criar uma música, uma arranjo diferente ou adaptar alguma música simplesmente sumiram. Por que? Não sei, uma fase ruim talvez, mas o estado de espírito da fanfarra me ajudava muito a criar. Bons tempos em que eu sofria com a disciplina do grupo, mas pelo menos tocavam bem. Agora a fanfarra caiu na apatia quase que completa, tocando sem vontade, com muita "burocracia". Ainda lembro de como foram criadas algumas das últimas músicas. Gustavo, Verônica, Vanessa (que por sinal desapareceu) e eu estávamos na sala de instrumentos e eu pedi ao Gustavo que tocasse algumas notas. Depois tentei tirar na corneta uma coisa ou outra para encaixar no ritmo. Em seguida criei um arranjo no tarol. Vanessa melhorou o que eu fiz na corneta e Verônica conseguiu um arranjo nos pratos que depois mudei levemente e fiz o ponto do surdinho. Pronto, estava aí a primeira parte do Hip Hop, depois foi questão de tempo para eu criar a segunda parte e hoje um pequeno break. Também Carruagens de Fogo foi uma música que eu decidi colocar para a banda contra a vontade de muitos que diziam que não parecia nada com nada. Depois de um tempo tocando só a primeira parte lenta e normal da música, decidi criar uma segunda parte mais animada e solta. Isso porque a inspiração vinha fácil. Hoje não sei o que acontece, talvez eu esteja trabalhando demais e não consigo mais concentrar em trabalho novo. Para escrever no blog torço para sair mais cedo do trabalho. Mas é certo que o desânimo do grupo também me desanima. Fiquei muito tempo com Thriller na cabeça e tinha até tentado alguma coisa. Mas hoje vejo que é uma tentativa frustrada, ainda não dá certo com o que tentamos e não tenho nem idéia do que fazer. Pink Floyd felizmente ainda dá para ser trabalhada.

Por isso abro aqui o canal de comunicação do blog para sugestões, conselhos, desabafos, palavras de incentivo, opinião sobre o grupo, o professor, as nossas metas. Gostaria que todos participassem. A opinião de vocês é relmente muito importante para mim. Hoje já é 7 de agosto. Um mês apenas para o desfile de independência e outras apresentações.

Um abraço a todos.

Boa noite.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Continuamos Muito Bem.


Como está a fanfarra do Coleginho? A resposta para a pergunta que muitos me fazem está aí em cima. Há dias de ensaio em que ficamos realmente muito carregados, muito estressados. Mas felizmente os dois últimos ensaios mostraram muito que com um pouco de empenho, dedicação, entusiasmo, disciplina e humildade conseguimos manter nosso status. Claro que muita gente me pergunta isso sabendo do que ocorreu ao passado e o que pode vir a acontecer esse ano. Todos apostam muito na escola concorrente, e realmente eles estão tocando muito bem. A expectativa de muitos de que eles voltariam com tudo se confirma, mas nós não vamos desapontar, vamos surpreender novamente. Hoje ouvi a opinião de uma tarolista com muita experiência, a Samara. Ela tocou por dois anos em outra escola e queria saber o que ela achava da nossa fanfarra. Ela me disse que na outra escola eles apenas tocavam músicas mais marchadas, como as fanfarras de maior tradição. Aqui na Fanfarra do Coleginho é diferente, a gente toca músicas animadas e faz coreografias. Fiquei muito entusiasmado com a resposta. De fato só há duas escolas que tocam ritmos diferentes das marchas, mas só há uma que tem toda essa animação, respeito, elegância e coreografias: a nossa. A Fanfarra do Coleginho, creio eu, já criou uma identidade em Formosa, um jeito diferente de ser. Que importa que outros tenham músicas melhores ou mais conhecidas? Que importa se as outras têm técnicas mais apuradas? O mais importante eles não têm: o jeito Coleginho de ser. E não falo isso para ofender ninguém não. Falo porque acredito que um grupo deva ter certa identidade. O coração batendo, com certeza se firmará como uma importante marca nossa, e nossa marcha de combate uma música seleta para o grupo.


Não há como deixar passar a tristeza que sinto por colegas que têm faltado muito aos ensaios. Às vezes não dá para conversar com todos, mas cada vez que vocês tocam,eu observo cada um. Às vezes tento me comunicar até com o olhar, e percebo a ausência de pessoas que são essenciais para o grupo. Reafirmo para que me ajudem a motivar essas pessoas a não mais faltar aos ensaios. Teremos apenas mais alguns ensaios e já será 7 de setembro. Também preciso de sugestões para resolver nosso problema de transporte para Goiânia, porque o nosso desfile já está confirmado, faltando apenas a condução, e a professora Nádia tem me dado muito apoio com isso.

Hoje também fiquei feliz pela presença da Dona Irá, mãe da Lilian e filha da Dona Raimunda, acompanhada da irmã Kalu e Gabriele, gostaria de ter oferecido alguma música, mas nos ensaios, às vezes, fico muito atento ao desempenho do grupo. A presença delas só aumenta a motivação de tocar pois são admiradoras da nossa fanfarra.

Bom, para finalizar, meus parabéns a todos os músicos, sem exceção. Talvez os surdistas ainda precisem de um bom puxão de orelha, mas vou deixar passar. As modificações que fizemos em algumas músicas foram muito bem vindas, outras ainda precisam de muito ajuste, mas tudo tem seu tempo. Cada vez mais tenho certeza de que seremos destaque na cidade. Assim que nossas músicas estiverem perfeitas, cuidarei mais da parte de evolução das alas, coreografias, comandos e tudo o mais.

Espero ver vocês tão animados quanto eu.
Tudo de bom a todos e...
Boa música!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Música do Coração

Boa noite a todos. Infelizmente estou sem tempo algum de escrever no blog com tanta frequencia. Mesmo assim, não poderia deixar de passar aqui e dizer que do contrário do que eu disse, ainda tenho confiança com esse grupo. Sei que seremos melhores ainda esse ano, vejo os esforços de algumas pessoas e isso me motiva muito. Não será fácil o trabalho, mas conseguiremos. Há ainda algumas pessoas que deveriam participar mais dos ensaios, mas cada um é cada um e todos sabem de suas responsabilidades. Um parabéns em especial para Sheila e Andreza que mostraram que estão dispostas a encarar o desafio e provar que são balizas a altura de todo o grupo e conseguem levar adiante a responsabilidade de comissão de frente. Teremos ensaios todos os dias, agora que o tempo corre contra nós é cada vez mais importante que nos mantenhamos unidos, disciplinados, e acima de tudo, contentes. Nossas músicas devem deixar transparecer alegria, entusiasmo e uma vontade inevitável de dançar. Nossa música deve ser a música que toca realmente o coração. Alguns momentos da fanfarra eu fecho os olhos, tento me concentrar no som apenas, me deixo levar pela batida e o corpo reage a cada impulso elétrico que sai dos instrumentos. Música é sensação, é vontade. É isso que deve nos motivar. O resto? O resto a gente cuida, desde que estejamos felizes conosco. E apesar de muita coisa, eu sou feliz com esse grupo e não o trocaria por nada.
Vocês são muito importantes para mim.


Um abraço a todos,
dediquem-se cada vez mais e boa música.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Segunda-Feira Triste e Sem Som

Muitos devem estar se perguntando porque não houve ensaio hoje. Explico:
no sábado último perdemos uma grande admiradora da Fanfarra do Coleginho, a dona Raimunda. Para quem não a conhece, ela é a avó da Lilian e adorava ouvir cada ensaio nosso. Uma vez conversando com ela, me falara que tinha muito apreço pelo que a gente fazia, e com muito orgulho dizia que todos os filhos dela participaram da antiga fanfarra do Coleginho, como músicos ou passistas. Ano passado, quando ensaiamos na rua atrás do colégio, ela saíra de sua casa com os olhos brilhando de contemplação só de olhar para a gente ali tocando, e ainda comentou com muito entusiasmo:
- olha, que coisa mais bonita, além de tocar eles dançam também.

A Dona Raimunda era um exemplo de pessoa. Não carregava mágoa de ninguém, recebia a todos de peito aberto, tinha um coração muito generoso e amava a todos os filhos, netos genros, noras e amigos. Nunca reclamou do barulho dos ensaios, embora estivesse muito doente nos últimos meses. Quando disse a ela que logo iríamos abusar da paciência dela com mais um ensaio na porta de sua casa, ela logo retrucou:
- Não é abuso nenhum. Pode trazer os meninos aqui que eu adoro ouvir vocês.

Foi uma perda muito sentida. A Dona Raimunda se foi numa tarde de sábado, no primeiro de agosto. Como faz falta uma das pessoas mais encantadoras que conheci, um exemplo de vida e admiradora da fanfarra. Assim, hoje preferi que fizéssemos silêncio por respeito aos familiares e reconhecimento dessa grande pessoa, essa grande mãe e avó. Quando novamente ensaiarmos na rua próximo à casa dela, sempre faltará para mim um brilho nos olhos e um sorriso. Mas a certeza que a história de sua vida tem muito a nos ensinar

Fiquem com Deus no coração e até amanhã.