segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Foi maravilhosos, foi único, simplesmente inesquecível!Assim foi o nosso desfile de independência. Depois de muito trabalho, muita dedicação, finalmente fomos reconhecidos, sem sombra de dúvidas os melhores. Meses de ensaio, consertos de instrumentos, muitas peles rasgadas, baquetas quebradas, os desafios de se fazer um uniforme bonito, o cuidado com as coreografias, muita animação e finalmente o sorriso de ter vencido nossos desafios. O objetivo de uma fanfarra não é apenas fazer uma apresentação no dia 7 de setembro, vai além disso. A fanfarra representa a escola, aqueles que participam criam laços de amizade nunca vistos. As aulas servem como terapia e ajudam na concentração, na coordenação motora, na saúde física, na comunicação e no aprendizado de valores. Não é apenas para 7 de setembro que uma fanfarra ensaia. Só esse ano já fizemos 5 apresentações antes do desfile; a 1ª foi inesquecível, com direito a lágrimas; a 2ª na abertura dos jogos do colégio; a 3ª no Montessori; a 4ª para as crianças do turno da tarde; e a 5ª no Colégio Visão. Mas o dia 7 de setembro é um dia singular; é no dia mais importante da nação brasileira que mostramos o valor da independência através da música. É nesse dia que o Brasil inteiro comemora a liberdade de escolha, de opinião, de direitos, de pensamento. No dia da independência as escolas mostram para a comunidade o trabalho cívico que é feito nas salas de aula. E o Coleginho já não desfilava havia quase vinte anos. Vinte anos de ausência, em silêncio, com os instrumentos de fanfarra parados, sem músicos. Por esse motivo, o dia de ontem foi mais do que especial.
Na minha chegada uma visão muito bonita. Muitas escolas da cidade organizadas em setores, todas muito lindas, cada um com seu uniforme, com suas alas, com suas balizas, e com seus músicos preparadíssimos para o desafio de impressionar o público. Para aqueles que achavam que tocar numa fanfarra era "pagar mico" deve ter sido um enorme choque ver que a cidade inteira se orgulha daqueles que tocam; e que aqueles que participam de uma fanfarra, têm imenso orgulho de defender sua escola. Estavam todos ali preparados; era possível perceber nos alunos o espírito competitivo. Em formação, todos que passavam por nós olhavam com vontade de saber o que nós havíamos ensaiado. Do mesmo modo, acredito que todos do Coleginho estavam ansiosos para ver o que eles haviam ensaiado. Eera muito interessante ouvir as diferentes versões da "Marcha Normal" (que as outras escolas chamam de cadência). Cada uma tocava diferente, com mais ou menos notas, mais rápida ou mais lenta; era notável o cuidado diferenciado com que cada escola tocava a música tradicional das fanfarras de Formosa. Alunos em formação e instrumentos a postos, cada fanfarra saía da praça da Bíblia para o encontro com o público.


Começamos muito bem na concentração, mas alguns imprevistos ainda aconteceram; até uma baqueta de bumbo que jamais tinha sido usada quebrou na primeira música. Srte a gente ter o prof. Tadeo por perto para nos ajudar buscando outra baqueta. Seguimos um pouco tensos e com o desfile um pouco corrido até a esquina do Colégio do Planalto. Mas depois desse trecho, foi só felicidade. O interessante é que tocamos uma única vez o Funk da Galera, e foi bem nesse momento que a Fanfarra crescia. Os uniformes da Fanfarra estavam lindos; As porta-bandeiras, deslumbrantes; bem como as balizas que chamavam muita atenção com a graça dos movimentos de malabares com os "swing p0ods" e o "swing flag". Tudo maravilhoso, e ainda tinhamos o charme da ala infantil, acompanhada pelas professoras Alessandra e Inaiane que gentilmente contribuíram para o desfile e a ala esportiva encarregada pela professora Silvana. Mas os colaboradores eram mais numerosos. As professoras Izânia, Nádia, Thais, Edicléia, Rafaela e os professores Tadeo e Oberdam foram fundamentais para o bom andamento do desfile. E claro, a participação de Pamella e Lilian que estavam na direção do desfile e contagiaram com alegria a todos. O detalhe mais interessante é que todos esses professores eram voluntários. Estavam lá pela escola sem nada ganhar de material; apenas acompanhando um dos momentos mais importantes da escola. E sem eles, com certeza o desfile não teria sido tão harmonioso. Fica aqui os meus agradecimentos a todos.


O desfile seguiu com muito entusiasmo, era mais que estampado o sorriso de todos quando tocávamos e encantávamos. Mas logo na metaded do trecho da rua Visconde o susto. Muitos alunos da Fanfarra estavam pingando suor (Paloma e Tauã quase que derreteram), imagino também a situação das crianças menores que tanto sofreram com a baixa umidade do ar e com os alunos da ala esportiva. Ora, que acompanhou comigo o planejamento do desfile sabe que a irmã Genilda se comprometeu a levar água a todos durante o desfile. No entanto, somento no fim do nosso primeito trajeto a Kombi das irmãs apareceu. Não fosse a colaboração dos pais (sempre os maiores apoiadores do projeto) e os professores (que compraram água mineral por conta própria) não agüentaríamos chegar até a praça da prefeitura.

Passado um pouco do calor, seguimos para perto da praça da prefeitura. Era dali por diante que começaríamos o show. O cansaço foi vencido pela vontade de fazer bonito na apresentação. O rosto cansado deu lugar a um semblante mais alegre e a Fanfarra tocou bonito até o fim, acompanhada de duas alas muito bonitas. Entramos tocando a Marcha de Combate (feita especialmente para o Coleginho), uma música claramente muito mais cadenciada, rápida e bonita que as outras marchas. Em seguida Beatles, foi aí que muitos que na praça estavam perceberam que não tocaríamos as músicas repetitivas que todos estavam acostumados de ouvir nas outras fanfarras. Fizemos o recuo com essa música e tocamos em seguida o Rock e o Olodum. Para despedida na praça, marchamos ao som do Prelúdio seguido de Marcha de Combate. Quatro músicas tocadas brilhantemente, muito melhor que as duas que eu havia tocado ano passado com outra fanfarra. Deixamos o recuo tranqüilamente e tocamos até entrar no posto Itiquira, só paramos lá dentro para os agradecimentos. Espero não ter esquecido de ninguém. Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida, com certeza. Um momento que marcou muito, pois os resultados corresponderam aos esforços de meses de planejamento. Muitos abraços, palavras de incentivo, agradecimentos

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